quinta-feira, 26 de março de 2015

Atividades sociais esgotam a mente

Tem uma corrente que acha que não, mas eu acho que me falta a "teoria da mente".Ao contrário do que muita gente pensa, Aspergers pouco comprometidos não siginificam que sejam bem melhores que os autistas clássicos.Isto porque mesmo entre os que tem sintomas leves, existem os que se adaptam e outros que não se adaptam.
Eu estou entre aqueles que não se adapta.Eu sai da cidade que morava a mais de 20 anos, no interior de SP, numa transferência e até hoje, não consegui encontrar amigos de verdade ou pessoas que eu possa sair com frequência.
As pessoas aqui em Santos, parecem não ter tempo para contatos novos.Estão sempre com a agenda bem cheia.É aniversário do pessoal da academia, é um evento que participam, é uma viagem para ver o resto da familia.As pessoas que tem mais potencial de virar alguma coisa, parecem as mais ausentes da sia vida.
Eu tento remediar isso, indo em eventos culturais, festas, comemorações, mas não adianta muito.As pessoas são muito fechadas e não deixam se aproximar.Ai resta só comer e beber.Mas ai depois de um tempo, eu fico indisposto e quero ir embora.Sons muito altos também me desorientam e as pessoas, principalmente jovens, gostam desses ambientes.A verdade é que eu até faço teatro, mas pareço não me encaixar em nenhum grupo.
Garotas bonitas, mesmo que não comprometidas, são muito visadas e muitas vezes, não existe a oportunidade de conhecer elas.E com tantos estimulos, mas cheio de "não me toques", a atividade social acaba se tornando muito exaustiva.No teatro,é o contrário; contatos são permitidos, mas todos são estranhos e mantem-se o anonimato.As vezes, eu tiro fotos como uma forma de chamar a atenção da pessoa para mim, mas em vez disso, consideram quase sempre uma ameaça.
Ao então eu me retraio e evito sair de casa.As pessoas querem que a gente "adivinhe" o que elas estão pensando...
"

quinta-feira, 12 de março de 2015

Adendo de sobre navios e cruzeiros

Uma das coisas que faltou mencionar é que por minha condição de Asperger, e por ter uma hipersensibilidade, eu senti bastante o balanço do mar.Mas isso demorou algumas horas do segundo dia.Depois eu me acostumei.Incomodou um pouco para dormir também.
Com relação as pessoas, eu praticamente só cumprimentei, perguntei a profissão e conversei sobre o cruzeiro em si.Tive bastante dificuldade de abordar pessoas novas.Uma das meninas estava jogando ping pong e pensei em conversar com ela, mas vi um garoto por perto e eu não sabia o que era dela e por isso, nem tentei.Varias pessoas fechavam a cara, ao tentar até mesmo cumprimentá-la.Varias ficavam em grupos fechados e não queriam saber de pessoas novas.Uma das coisas mais dificeis para um Asperger é tomar a iniciativa e uma vez feito isso, perceber pela expressão não verbal da outra pessoa, se a conversa esta agradando ou não.
Abaixo, uma foto de um dos navios que vi do apartamento É O Costa Favolosa.A foto foi tirada com o celular.

Sobre navios e cruzeiros

Desde que eu vim para Santos, a quase 2 anos, eu passei a ver varios navios de cruzeiro, principalmente no Deck do Pescador e mais recentemente, do meu próprio apartamento.
É muito legal ver todas aquelas pessoas acenando, com bandeiras e outros adereços.Tenho navios, desde os gigantes, como MSC Preziosa (com mais de 3500 passageiros) até bem menores, de luxo, com menos de 1000 passageiros (como o Regatta)
Mas no final de novembro do ano passado, eu resolvi eu mesmo fazer uma viagem de cruzeiro, com meu pai e meu irmão.Foi uma viagem curta.Nós apenas sairiamos de Santos, passariamos por Buzios e Ilhabela, na volta.O cruzeiro ia durar apenas 4 dias e 3 noites.
Nós primeiro, fomos no terminal de passageiros, despachamos as malas e um pouco depois, entramos no navio chamado MSC Lirica, que tem cerca de 2000 passageiros. A partida foi tranquila, passamos pelo porto e até pelo Deck do Pescador.Depois passamos por São Vicente, ilha Porchat, Praia Grande, Guarujá novamente e chegamos no alto mar.
A noite não foi tão tranquila e o tempo virou.Mas nessa noite, nós assistimos um espetáculo no Broadway Theatre e jantamos em um tipo de menu italiano.
No dia seguinte, a surpresa desagradável.O mar estava tão virado, que não conseguiam estabilizar a barquinha e não iamos descer em Buzios.Ou seja, metade da viagem estava perdida. Aproveitei para ir na piscina.Como estavamos adiantados, o navio foi em marcha lenta para o próximo destino. A noite, novamente assisti a um espetáculo e jantei bem. E foi a noite do comandante, onde os tripulantes foram apresentados.
No penultimo dia, descemos em Ilhabela.Nosso barquinho lembrava um catamarã e balançou bem pouco.La na ilha, vi umas andorinhas perto do centro e depois fomos em uma praia do Curral.La além de ir no mar, eu vi fragatas bem de perto.Almoçamos com calma e voltamos a tempo para o navio.A noite, teve as instruções para o desembarque.
No dia seguinte, logo de manhã, ja estavamos no Guarujá, sem aproximando de Santos e por volta de 10h, desembarcamos.
Conversei um pouco com pessoas novas, mas não me entrosei muito, nem pedi informações de contato.
Foi uma boa experiência.Somente no segundo dia, eu fiquei meio enjoado e fiquei assustado com o mar.
Recomendo a viagem para todos.