sexta-feira, 11 de outubro de 2019

A sensação de ser inadequado

Recentemente eu tive um evento e mais uma vez, o resultado foi o mesmo.Bloqueado de novo. Dessa vez, a interação foi totalmente pessoal.Ela me perguntou sobre um irmão que teria sido estagiário e até que quem deu uma aula para mim, tinha sido seu professor.Mesmo encontrando pontos em comum, percebi que havia algo de errado, principalmente quando ela sentou bem longe de mim.Não voltei mais a falar com ela, depois disso.Minha unica interação virtual tinha sido mandar uma mensagem particular.Não tentei adiciona-la, nem nada.Mas não adiantou.Sai com ZERO contatos novos.É por isso que é tão dificil se afastar de pessoas que eu gosto.Os novos contatos são muito raros.Mais uma vez me senti inadequado, como um peixe fora d água ou um alien.Muitas vezes, tenho vontade de sumir ou de cortar qualquer contato com as pessoas.Qualquer atividade social agora, tem se tornado estressante.Não sei bem o que fazer, a não ser limitar-se a cumprimentar apenas as pessoas.

segunda-feira, 30 de setembro de 2019

As coisas são mais dificeis para nós

Eu queria muito que as pessoas fossem sempre sinceras comigo.Mas, as vezes,a pessoa deixa de falar comigo, sem dizer nada.Bloqueia sem dizer a razão.E para mim, isso me parece uma agressão.Quando estou nas redes sociais, eu espero que as pessoas me digam o que eu posso ou não fazer, como por exemplo, postar na linha do tempo delas.Mas muitas pessoas não fazem isso.Acham que deixar de falar, após perder o contato direto é e melhor solução e eu vou esquecer a pessoa.Só que não funciona assim.Quando nos apegamos muito a alguém, queremos pelo menos ter o direito de se despedir e se for o caso, dizer o que eu estou fazendo de errado.Todas essas arbitrariedades fazem eu ficar muito triste e as vezes querer deixar as redes sociais.As pessoas poderiam ser um pouco mais compreensivas.Isso não é uma opinião só minha, ouvi de outros Aspergers, também.

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Como aumentar a auto estima?

Eu tive alguns desafios vencidos, embora pareçam pequenos, como por exemplo, ter tido sangue frio quando o elevador parou e eu fiquei preso por alguns segundos, e eu tenho pavor de elevador e de começar a aprender a me arrumar sozinho, com a ajuda do AT (acompanhante terapêutico). Mas minha situação não melhorou muito.Continuo quase sem amigos e sem nenhuma vida amorosa.Isso porque eu sou basicamente "invisivel".Ninguém se atrai por mim como homem.E algumas pessoas, talvez não querendo dar falsas esperanças, não querem nem ser minhas amigas.E quando as palavras deveriam me ajudar a aumentar a auto estima, o que elas fazem?Me colocam para baixo, dizem que sou velho demais, feio e gordo e que tenho que aceitar que nunca vou conseguir ninguém.Isso tudo machuca muito.Na verdade, eu mal sou elogiado e as conversas que eu tenho, virtualmente, são muito curtas e sem sequência.Com isso, me sinto cada vez mais sozinho e não sei bem o que pode acontecer.Eu até tento me "valorizar", mas não adianta.Parece não estar adiantando.Como sera que poderia me destacar e finalmente ser notado?

segunda-feira, 29 de julho de 2019

Novos desafios vencidos

Eu resolvi ir após o teatro, no parque Ibirapuera, junto com meus pais.Estava tendo a comemoração dos 50 anos do Homem na Lua; mas mais especificamente estava tendo a observação de Jupiter e Saturno,com telescópios de 300 e 350 mm, ao lado do planetário.O primeiro desafio foi que eu tive que ficar na fila sozinho.meus pais ficaram olhando, de perto.Ai o outro problema, eu detesto esperar, e a fila durou quase 2 horas.As vezes, eu chegava a surtar em filas.Mas como era algo que eu queria muito, me controlei e passei a maios parte do tempo tirando fotos com o celular.Mesmo com o parque no meio da cidade, eu conseguir ver os 2 planetas e a constelação de Escorpião.A unica coisa é que eu não tentei conversar com ninguém.Chegando lá, tentei tirar foto com o celilar, através do telescópio e não consegui.Mesmo assim, não me irritei.Foi uma conquista simples, mas foi o primeiro passo para outros eventos como esse.Agora, algumas fotos

terça-feira, 28 de maio de 2019

Viagem a Bertioga

Eu passei 1 semana, hospedado na Riviera de São Lourenço, em Bertioga. Lá eu vi muitas aves, mas choveu quase o tempo todo e por isso, só deu para ver o céu direito, uma noite. Dessa vez, ao contrário de 2 anos atrás, ficamos no Módulo 7/8.A praia era um pouco mais distante. No primeiro dia, eu vi muitos queros queros e algumas gaivotas na praia.Eu também vi o que parecia ser a trilha de corruptos e varias pequenas águas vivas.O mar estava muito perigoso, então não entramos na água. No dia seguinte, fomos mais uma vez na praia, mas desta vez, o tempo fechou logo. No outro dia, fomos nos aventurar por São Sebastião, mas precisamente Barra do Una e Juquehy.Mas, a ponte sobre o rio da Barra do Una, que dava acesso ao restaurante Canoas (que na temporada passada, havia visto até saira sete cores e tiê sangue), ainda estava nas fundações, mesmo passado quase 1 ano que ela tinha caido.É impressionante a burocracia.A maioria das lojas e restaurantes desse bairro estavam fechadas.Parecia um local abandonado. Pegamos varios periodos de chuva, o que dificultou ficar na praia. Então fomos no centro de Bertioga, e eu vi muitas aves aquáticas, além de um lindo arco iris. Mas as fotos não ficaram tão boas, dada as limitações da câmera compacta, sob baixa luz. O forte também estava fechado.Era perto da Balsa.Mesmo assim, eu fotografei duas aves não tão comuns, um suvacu ou socó dorminhoco, que estava apoiado em um barco e no outro dia, a garça azul.A garça azul não é uma versão da garça branca com outra cor.Trata-se de outra espécie e ela não é visivel o ano todo.A garça branca grande é a Ardea alba.A pequena é Egretta thula.Ja a garça azul é a Egretta caurelea e trata-se de uma ave migratória. Esta ultima costuma estar próxima a manguezais.Ainda vi uma quarta garça, que á a garça moura, a maior garça brasileira,e esta é a Ardea cocoi Fomos também 2 vezes no chamado Passeio da Floresta, que é uma espécie de parque linear,que margeia o canal.Nesse lugar, vimos beija flores e até tucanos, mas na hora H, a câmera encrencou.Na segunda vez que fomos a esse Passeio da Floresta, estava muito escuro e começou a chover. Na verdade, os dias verdadeiramente bonitos, quase sem nuvens, foram os ultimos, especialmente o domingo, quando iamos embora. Eu também voltei a ver fragatas, mas as fotos foram tiradas de longe. Frequentamos o Riviera Shopping. Em outro restaurante famoso, havia também um comedouro de aves, mas só apareceram cambacicas e beija flores (na maior parte das vezes); bem te vi e sanhaço do coqueiro. Algumas fotos ficaram boas, mas perdeu em qualidade em relação aquelas de abril de 2017.Dessa vez, fomos em meados de maio. Durante o dia, eu ainda vi o saruê, popularmente chamado de gambá, muitos canários da terra Sicalis flaveola e a lavadeira mascarada Fluvicola nengeta.Também vi algumas aves mais comuns como o joão de barro.Mas as nativas da Mata Atlântica, como sanhaço de encontro, tiê sangue, saira 7 cores, saira militar e outros, não apareceram. Na ultima noite (sábado), percebi que o céu era bem mais iluminado do que quando estavamos no Módulo 6.Mas mesmo assim, vi alguns objetos icônicos como a Caixinha e Jóias, Omega Centauri e Eta Carinae. Agora, algumas fotos representativas ,

quinta-feira, 28 de março de 2019

Temporada do AUT 5

Eu estou me desenvolvendo mais e mais no teatro.No ultimo dia 17/03, terminou a temporada do AUT 5 e agora estou indo para o AUT 6.Novos desafios se impuseram, em relação ao AUT 4, inclusive mais consciência do próprio espaço, e a habilidade de trocar adereços no momento certo.Mas nem tudo é perfeito, eu me atrapalhei um pouco em 3 das 4 apresentações e muita gente que eu queria, acabou não comparecendo, inclusive gente que havia trabalhado no AUT 4 e não estava mais no AUT 5.A seguir, algumas fotos da temporada:

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Autista não tem empatia?

Um dos mais erros com relações aos autistas, principalmente os Aspergers, é que eles não tem empatia, ou seja não ligam para os outros. Mas o que ele não tem é empatia cognitiva, que é a capacidade de prever as intenções e pensamentos dos outros, incluindo "ler entre linhas", durante a comunicação. Nós temos muita empatia afetiva, que é a vontade de querer dividir nossos sentimentos com os outros,e a empatia de compaixão, que é a vontade de ajudar outros (embora muitas vezes não saibamos como). Muitos dos Aspergers e autistas tem tanta empatia afetiva e de compaixão, que eles não sabem como lidar direito e se torna muito desgastante, a ponto de algumas vezes gerar meltdowns. (Adaptado e traduzido do grupo do Facebook Adults of Asperger Syndrome Group)

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Teatro sobre um novo ângulo

Além de eu ter apresentado o AUT 4 e brevemente, o AUT 5, eu também estive no teatro como espectador. A ultima peça que assisti foi Um dia na Broadway.Foi bem interessante.Pela primeira vez, sentei no balcão e assim, pude ter uma visão de cima da peça, do publico e dos efeitos como dinheiro caindo e bolhas de sabão.Gostei muito dessa peça, que hommenageia os musicais da Broadway. Eu fui em mais algumas peças ditas comerciais, como Panorama visto da ponte e A noviça rebelde (3 primeiras fotos) Além disso, eu fui em 2 peças da Oficia dos Menestréis, que é meu grupo de teatro.Em meados do ano passado, fui ver a Mansão de Miss Jane na Mooca e em novembro, fui assisti a Noturno no Teatro Novo, na Vila Mariana.Eu encontrei varias pessoas queridas, que não via ma um bom tempo e algumas novas.Foi uma experiência sensorial interessante também, ja que boa parte da peça se passa mo escuro e há flashes de luz. Eu procuro me inspirar nessas peças de teatro para melhorar ainda mais meu desempenho no AUT. Uma das principais vantagens de ter vindo morar em São Paulo foi a possibilidade d e participar de multiplas atividades culturais. Espero que minha carreira de teatro amador continue.

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Existem Aspergers e Aspergers

A sindrome de Asperger é considerada geralmente uma deficiência menor, em que com treinamento e disposição, da para se ter uma vida quase que completamente normal.Mas isso não é verdadeiro para todas as pessoas. Tem muito mais sorte quem namora ou se casa antes de descobrir que tem a sindrome de Asperger; isto porque se isso acontece antes de você ter um relacionamento e especialmente na idade adulta, você passa a ser muito estigmatizado. Os confortos da vida moderna e a tecnologia deveriam ajudar, ja que é possivel interagir com a pessoa, de modo não presencial e de forma que não seja julgado.Mas mais uma vez, isso não é verdade para todos. Infelizmente com as redes sociais, as pessoas estão cada vez menos disponiveis, então surge uma pressão para você impressionar a pessoa. logo nos primeiros momentos ou então ela nem te considera como amigo. Tem muita gente que prefere contatar pessoalmente, mas essas "panelinhas" também levam a priorizar sempre o encontro com pessoas mais próximas como familia e amigos intimos. Por conta disso, alguns Aspergers tem sobrecarga sensorial e querem cortar os laços com o mundo, se isolando.Isso pode ser ruim, mas é uma medida de autoproteção. No exterior, isso é conhecido como Adult daycare ou algo similar. Eu estou vivendo uma situação muito dificil, que a solidão predomina. Eu não sei bem como sair dessa. Tem gente que fala, va fazer algo que goste, va encontrar novos amigos.Mas ai há 2 barreiras dificieis de serem superadas, a primeira é que o autista e a sindrome de Asperger é incluida, gosta de rotina e é resistente a mudanças, por isso ter que trocar de amizades a toda hora é algo extremanente desconfortávcel.A segunda é a capacidade muito maior que a média, de um autista, se apegar a alguém.Isso sem falar que não basta encontrar uma nova atividade, você tem que ter sorte de encontrar pessoas bacanas.Como não da para tentar atividades, ad infinitum, isso se torna uma limitação. Muita gente com sindrome de Asperger (hoje pelo DSM-V, seria autismo de alto funcionamento), se encontram abandonados, justamente porque as pessoas são individualistas ou vivem em grupinhos fechados. O que podemos fazer para mudar isso?