quarta-feira, 15 de abril de 2015

Um pouco mais sobre mim.Conquistas da vida.

Eu tenho sindrome de Asperger e no ano de 2008, eu me tornei Mestre em Ecologia pela Unicamp.Foi uma grande conquista porque anos antes disso, eu mal conseguia falar em publico.Em São Paulo, me aproximei de um pessoal do CRDA e em Campinas, trabalhei esse tema na ADACAMP.Através do CRDA, consegui dar uma palestra para os professores estaduais, e eu também cheguei a dar uma palestra até mesmo em um Congresso na PUCCAMP.Enfim, eu comecei a ficar cada vez mais desinibido até que lidar com o grande publico passou a ser natural.E isso foi muito importante para eu desenvolver minha fala na defesa. Um dos que mais ajudou, além dos meus pais e dos profissionais, foi a cadela Luana, que faleceu a alguns anos atrás, mas que na época me ajudou a ter confiança e a perder o medo tanto de cachorros quanto de falar com as pessoas. Essa cachorra, simbolo da ONG ATEAC, trabalhou por muitos anos, até se aposentar. Ela foi seguida pelos 2 goldens, Nicole e Theo.Esse golden retriever macho com atualmente quase 6 anos, é meu companheiro desde então. Toda essa história saiu em reportagem do Correio Popular, em rádios, programas de TV e na revista Época.A reportagem do Correio foi reproduzido a cerca de 2 domingos atrás, que mostro abaixo:

https://docs.google.com/document/d/1uFqgsJL9sFqJg_FNLcbYa2S-uxBYBw31JFg_XKZB1Q8/edit

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Aspergers precisam de ajuda, também relativo ao trabalho

Eu fui transferido para Santos, por motivos que não vem muito ao caso nesse momento.Só que a idéia seria que eu reconstruisse minha vida. Acontece que as pessoas da cidade são muito fechadas para quem não nasceu aqui.Eu, como Asperger, não sei de que forma, eu poderia quebrar essa resistência.Pessoas que moram quase do seu lado, nunca vem te visitar. Você sabe que a pessoa mora perto ou então encontra a pessoa nas imediações da sua casa; quando você pergunta exatamente onde ela mora, ela ignora ou desconversa.Ou seja, ela quer garantir que você não faça uma visita a ela.
Desde que eu passei a trabalhar no novo local, eu não fui muito bem assistido.Foram soluções precárias.Por exemplo, por conta das minhas particularidades, eu não atendo ao publico.Só que como quase todos os outros colegas atendem, eles fazem encontros em São Paulo e outras cidades só para eles, e muitos dos meus colegas não conversam comigo nem uma vez, desde que isso aconteceu. Isso sem falar que eu continuo sendo meio pressionado a fazer vistorias ou atender ao publico, coisas que eu faria com muita dificuldade, porque tem que se manter a serenidade em situações de conflito e eu não sei como fazer isso. Quando sou muito pressionado, eu tendo a errar mais.
O orgão  faz adaptações para cadeirantes, cegos, surdos, e outras deficiências, mas para os autistas e Aspergers em que a dificuldade é principalmente de cunho social, elas não fazem muita coisa para ajudar a se adaptar. Então me sinto um tanto quanto abandonado aqui.Eles não entendem que após a transferência, não adianta só garantir que tenha trabalho.Mas sim, também ajudar a criar vinculos sociais.
Eu não sei como é em outras cidades e outros empregos, mas a verdade é que a poucos dias atrás, foi dia da conscientização sobre o autismo, mais especificamente dia 02 de abril, só que as pessoas ainda não entenderam muito bem nossas limitações.