sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Minha companheira, a solidão

Apesar de eu ter ficado otimista, com as minhas interações no teatro e em outros lugares, a situação fundamentalmente não mudou.Aquilo que parecia não ter mais importância, se agiganta e se impõe.Minha companheira, a solidão. Aqui eu falo da solidão amorosa, mas não só. É claro que o bullying é importante e afeta muito a vida da pessoa, mas ser ignorado, bloqueado também dói.É como se aquela pessoa desaparecesse da sua vida, e muitas vezes, sem nenhuma justificativa clara, apenas porque ela se "cansou" de você.Nessa era das relações liquidas de Baumann, as pessoas tomam qualquer aproximação como fúteis e que só são preservadas, se lhe rendem beneficios imediatos.Amizades são varridas do mapa como se fossem nada.Falam que você deve ser sempre você mesmo, mas ser você mesmo, ter as próprias opiniões, significa ser bloqueado, ignorado por pessoas que muitas vezes lhe são muito queridas.Ao mesmo tempo, ja estou a mais de 1 ano, fazendo teatro e eu pensei que iria abrir novas portas, pelo menos varios contatos novos.Quanta ilusão!Estou quase tão sozinho quanto antes de começar. As pessoas tem muitas atividades e reservam o contato pessoal apenas aquelas pessoas mais próximas; mas se for alguém tentando se aproximar, não ha espaço para elas.Então convivo com ela, minha eterna companheira, a solidão.